sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

O “fardo” de ser novo.

Caro Digníssimo Dr. José Manuel Duarte,

Escrevo-lhe no dia em que faço 22 anos, sou novo, todos o dizem, e você também.
Perdi um pouco do meu dia para responder à sua crónica, não sei se fiz mal se fiz bem. Mas confesso que me dá um certo gozo, até porque os leitores merecem que eu lhe responda.

Fiquei novamente apreensivo, pois foram-lhe dar o conteúdo do meu texto da anterior edição, para que você pudesse responder ainda a tempo de sair nessa mesma. Eticamente é lamentável. É o David contra o Golias. E claro, não esperava uma resposta tão baixa, fica-lhe mal, com a idade e formação que tem.

Vocês insistem que eu sou “novo”, sou “ingénuo”, sou “júnior”, “que só mudei foi de fralda”, “arrogante”, “vaidoso”. E esta, hein?! “Irra”, sou muita coisa.

Peguei no meu arquivo lá de casa e dei com um e-mail, datado de 27 de Janeiro de 2006, onde o Senhor me felicita pela minha eleição como Presidente da Concelhia do PS.

E dizia, entre outras coisas:

“Quando o acusarem de excesso de juventude para o cargo, e acredite que até os seus amigos o farão mais tarde ou mais cedo, não se preocupe, porque a “doença” da juventude é a única que passa com o tempo”.

Pois bem, não tenho razão para me “preocupar” nem para ter “cuidado”. A “ doença” da juventude há-de passar.

Fique ciente que estou na política para ajudar o meu concelho e fique ciente que não prejudico o meu partido. Você vai ter noção disso futuramente, disso não tenho dúvidas.
Responderam vocês a mais perguntas num só ano, no que nos anos todos transactos, isso é certo.

Na realidade não sou líder parlamentar ou de bancada. É o meu amigo, camarada e colega, Dr. Manuel Dias, foi ele quem a nossa bancada e o PS responsabilizaram para tal cargo. Portanto, esqueça o “fora” que referenciou. Não faz sentido.

Quanto ao MPT, é passado. Não esteja sempre a dar “tareia no velhinho”, porque eu sou militante do Partido Socialista, nada tenho a ver com o Partido da Terra nem sequer fiz parte do mesmo.

Aconselho-o é a dizer quem são as pessoas que fala, porque andar com pressupostos e ameaças não o leva a lado nenhum. Não ameace, diga logo. É o que eu faço.
Publicado no DZ desta Quinzena.