terça-feira, 22 de novembro de 2005

Triste Supra-Endividado País.

Triste país meu, este. A cada dia que urge passar, assistimos a falências atrás de falências, a desemprego, a clube que por terem orçamentos megalómanos, não pagam ordenados; a câmaras endividadas, a aumentos exponenciais de preços, a mães (que para mim são somente progenitoras) a assassinarem brutalmente os filhos.

Os Portugueses continuam a endividar-se, continuam a querer viver à grande e à Francesa (agora atravessam um grave problema social), e depois andam á “rasca”, devendo dinheiro a torto e a direito, vivendo acima das suas reais possibilidades.
Queremos mostrar que temos uma grande vida, que temos uma grande casa, que temos um grande carro, que vivemos de forma desafogada.
Para quê!? De que vale vivermos acima das nossas possibilidades!? De que vale 70/80 % dos rendimentos ficarem logo retidos no banco!?
Não valeria mais dormirmos descansados!? Não valeria mais chegarmos ao fim do mês sem sufoco e com alguma parte do rendimento!?

Eu já me imagino, daqui a duas ou três décadas a dizer, “(Ainda) sou do tempo em que nos endividava-mos de forma extrema, em que uma castanha assada custava mais de 12 cêntimos, em que um litro de gasolina custava 1,30 Euros, em que um bailey’s custava 4 Euros numa simples discoteca”. Estaremos melhor?! Espero bem que sim.

Eu cá, vou vivendo como posso, trabalhando e estudando de dia e de noite, com um reles carro com duas centenas de milhar de quilómetros, esperançado que faço outros quantos. Prefiro dormir descansado.
Publicado no Despertar do Zêzere desta Quinzena.

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