quinta-feira, 9 de março de 2006

Troca de palavras.

Amigo e colega José Manuel Duarte, li com atenção a sua coluna na última página da penúltima (fora esta) edição deste Jornal.
Senti necessidade de lhe responder, até porque os leitores merecem saber o que pensamos e fazemos perante determinadas situações. Afinal, também são elas que traduzem quem somos.
Confesso que gostei das suas palavras, são de coragem, de bom senso e demonstram também a sua forma de pensar e de estar.
Trabalho para que haja uma “política jovem” e diferente como falou.
Fala no tal Sistema. Sistema que deve conhecer bem. Sistema do qual directa ou indirectamente não quer (ou será que quer?!) fazer parte. Mas faz. Acredito até que o querem condicionar pela sua pretensa imparcialidade.
Mas o que é o Sistema!? O sistema para mim é só um. Uma máquina alaranjada cansada e arcaica, do qual o meu amigo Nuno Benedito não faz parte.
No Partido Socialista, não há sistema, todos valem a mesma coisa, todas as palavras são ouvidas, ninguém quer controlar ninguém, ninguém quer controlar tudo e todos, usando todas as artimanhas possíveis e imaginárias.
Ao contrário do que diz, tenho uma boa relação de amizade com o Nuno, conhecemo-nos e cambiamos por vezes opiniões diversas. É uma pessoa que muito estimo e com quem troco palavras sobre isto ou aquilo, sobre esta ou aquela tomada de posição, desta ou daquela pessoa, neste ou naquele momento.
É das escassas pessoas do seu lado (continuo a não perceber a sua decisão pelo alaranjado) com quem tenho confiança para ter uma conversa séria, digna e imparcial. Temos ideias diferentes, mas temos um objectivo comum, melhorar Ferreira do Zêzere.
E é nisto que o Nuno se destaca. Não acredito que o sistema o condicione e admiro-o por isso.
Dei-lhe os Parabéns pela sua entrevista, achei que fez bem em se impor, em dizer o que pensa e o que quer. Espero sinceramente que consiga dignificar o seu partido, e desmoronar o sistema que tanto se fala.
Tem um duro caminho, mas estou convicto que o consegue atingir. Força Nuno.
Da minha parte, digo em voz alta que nunca serei instrumentalizado perante quem quer que seja. Não faz parte de mim ser condicionado, influenciado ou mesmo “programado”. Sou livre, com convicções e ideais.
Sim, eu deixei no ar o desejo de querer organizar um grande debate em torno do concelho, será aberto a todas as “confissões”, como lhe chama. Os “velhos”, como menciona, podem entrar.
PS: Quanto às pressões que querem que sofra, dentro e fora da Assembleia Municipal, digo e redigo, venham elas, dá-me um gozo imenso aguentar-me a elas. Epá, e não me venham com histórias do “Ele é jovem e tal…”, fazem-me lembrar o “bacano” do Gato Fedorento.
Publicado no DZ desta quinzena.

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